CURTA-METRAGEM
Um garoto que acredita ter o poder de entristecer tudo o que toca. Como seriam as ramificações* de alguém com tal “poder” e, consequentemente, as relações com os amigos, família e amores? E se até objetos ficassem tristes ao seu toque? Como seria uma cama entristecida? Seria gelada? E uma bicicleta triste? Seu pneu seria sempre um pouco mais murcho que os outros?
E como fazemos para nos defender de nossa própria fragilidade perante tais aspectos da vida.
Quem assina o roteiro e direção é o André Saito e Cesar Nery: a dupla Kid Burro, e a produção foi fruto de uma parceria do Coletivo Centro com a Vitrine Filmes!
Dessas questões surgiu, em 2008, a história de Thomás Tristonho, um menino de 16 anos que não só convive com a tristeza, mas também a emana. De maneira leve e fabulosa, sua história retrata a insegurança diante da vida e o risco de vivê-la. Uma vida onde impera a imponderabilidade das coisas; um mundo de fatalidades improrrogáveis.
A história do Thomás cresceu demais para ficar somente nas telas e, em parceria com a Editora Saraiva, ele resolveu pular para as páginas de um livro infanto-juvenil Ilustrado pelo nosso grande amigo Marcio Moreno. Apesar de carregar alguns elementos e personagens do filme, o livro constrói uma narrativa própria e original.
Originalmente o livro foi concebido para conter ilustrações e textos, em uma adaptação do roteiro do curta-metragem porém, após uma estimulante e criativa conversa com o editor-geral da Ed. Saraiva Rogério Gastaldo descobrimos o poder de se criar um livro sem palavras e dar espaço para cada leitor identificar e "completar" a narrativa a partir de suas experiencias pessoais. "Não podemos subestimar o poder de interpretação do leitor, muito menos da criança.", ressaltou Gastaldo.
A partir de então recebemos o desafio de transformar o livro "pronto" em um "novo" livro, com outro conceito de expressão. Nesse momento Rodrigo Usba já dava seus primeiros passos no Coletivo Centro e aproveitou a oportunidade para iniciar e potencializar esse processo de transformação, abraçando a narrativa e trazendo outros elementos lúdicos para compor a história.
A obra é complementada por trilhas sonoras originais, compostas e produzidas pelo Fê Stok, que permitem ao leitor experimentar a obra através de outro sentido. Fê brinca com a dualidade entre os temas inverno e verão na própria música.
Ainda durante a fase de pré-produção, o grupo resolveu filmar artistas relacionados com os personagens do curta-metragem inicialmente como material de pesquisa. O resultado foi tão rico que quase com vida própria gerou um estudo através de uma série de mini-documentários. Através da pergunta “O Que É Tristeza Pra Você?” estes artistas puderam transmitir lados escondidos ou esquecidos sobre este sentimento presente em todos nós.
A Primeira temporada de mini-documenários gerou mais de 500k views e uma mídia espontânea que ajudou a solidificar este como mais um dos braços fortes do projeto.
Estes pequenos filmes contém um universo de sinceridade, sensibilidade e conteúdo e que constantemente nos engrandece com as notícias de que estão tocando vidas pelo mundo a fora.
Na fase atual, o projeto abre suas portas para realizadores do mundo todo mandarem seus minidocumentários para o projeto. Nós pretendemos que o portal continue sendo alimentado por histórias e visões sobre a tristeza através dos olhos de artistas do mundo todo.
Quer participar? Entre em contato conosco e vamos fazer esta história juntos.
EXPERIÊNCIA TRISTONHO
Em uma experiência única utilizamos de todas as possibilidades oferecidades pelo projeto (livro + mini docs + curta metragem) para alcançar um espaço novo, onde, através da contação de história se inicia uma dinamica em que todos os presentes sentem, um pouco, o que é ser Thomás Tristonho.
Criamos também a Contação Invertida de Histórias em que utilizamos as imagens do livro e a musica ao vivo, que guia emocionalmente o encontro, para gerar um momento em que a história das imagens é contada através da palavra e contexto de cada participante, criando, assim, diversas possibildades de compreensão do livro e de cada um.
"Quando nos reconhecemos no personagem e falamos sobre ele, na verdade estamos falando sobre o que reconhecemos em nós mesmos. A partir disso, criamos um espaço onde cada participante se manifesta com liberdade e, em geral, em terceira pessoa, o que traz leveza para a identificação e expressão dos processos internos de cada um".
A partir do acolhimento das diversas formas de expressão cria-se um vinculo entre os participantes que ainda assistirão um mini-doc e o curta-metragem para finalizar a "Experiencia Tristonho".